Estágios Psicomaturacionais da Consciência HumanaPesquisador: Prof. Dr. Mário Carabajal - Ph.D. |
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Décima Primeira G. Rede Sináptica de: *** Iluminação A partir dos 91 anos Nossa certeza quanto a esta rede
deve-se aos experimentos supra, extratificadamente expostos. Neste momento, o ser tem a clara
visão de caminhos e necessidades coletivas. Passamos da dúvida à certeza de que homens, animais vegetais
e metais têm elementos em comum, uma energia semelhante, rearranjando-se porém
em ligações diferentes. As reações e interações a que
denominamos pensamento e nos outros animais instinto, passam a integrar sincrônica
e harmonicamente a cadeia cósmocinesiológica
de reações com um único fim; -
manter esta pequenina parcela do infinito universo
incorporada à vida cósmica. No momento da formação dessa
Grande Rede, conseguimos, com facilidade, identificar esse novo marco. A iluminação
a que se nos referimos, proporciona algo totalmente ímpar, a luz, a certeza, a
paz, convicção, tranquilidade, serenidade, harmonia
e visão luminosa introspectiva se
nos toma conta da mente.
Algo sublime, inexplicável com palavras se nos invade. Científicamente diríamos que
fazemos a neurotranscodificação (leitura) das impressões cosmotogênicas do
raio gama no momento em que se nos chega, (teóricamente, sem passar por todo o
processo quimiorreceptivo), atingindo diretamente os neurotranscodificadores, manifestando-se
na consciência em gestos, palavras e reações. Também, conseguimos escutar a
silenciosa vós que ecoa por todo o universo,
uma paz e consciência eterna,
algo maravilhosamente
infinito...Sentímo-nos invadidos por uma
luz, nossas unhas, como pérolas, ficam tomadas por uma luz. A mesma luz que conseguimos ver nos
outros objetos (de metal) que compõem
o nosso campo visual. Científicamente, diríamos, alcançarmos
a uma frequência mental, que hormônios transcodificadores, capazes de
libertarem quantias excessivas de glucoenergizantes naturais ocorrem, com
consequente desbloqueio total da parede de retorno, colocando o ser diante do
Ser, pleno, único, verdadeiro, frente
e diante a identidade máxima da razão de nossas existências. Nossa finalidade
última é, em nosso ver, identificada. Nesse momento, devido a intensidade da
luz emanada no ambiente, temos certeza plena, que seres e matéria têm um
elemento constitutivo em comum, que têm luz e energia contínua. Daí haverem
algumas teses sob o título "a vida da matéria". Seres e matéria têm,
um elemento em comum. Esse elemento, encontra-se nas unhas e nos metais. O que
é, e como se dão os processos de resplandessência, desconhecemos.
Ainda que tenhamos conseguido observar as "pérolas de energia"
interligadas em cadeia contínua, não temos suporte científico para dizermos
do que se trata tal luminosidade de tamanha beleza. Para conceituarmos e melhor definirmos a Grande Rede Sináptica
de Iluminação, utilizamos o texto organizado por Ubiratan D'Ambrósio, na
Coletânia de Textos sobre Filosofia, Educação e Comunicação, por
cientificamente concordarmos integralmente com o autor do texto sob o título
"O Caminho da Meditação" Jan Van Linden e
seu tradutor José Geraldo C. Trindade, a quem privilegiadamente
convivemos durante curso de Pós Graduação do Depto. De métodos e Técnicas
da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília. Jan Van Der Linden é autor do livro Solutions for Troublet World,
publicado pela editora MarK Macy, Earthview Press, inc. Boulder,
1987. Jan V D Linden é formado
em física e filosofia na Universidade Livre de Amsterdã. Estudou
Psicossíntese(aporte da psicologia, meditação e exercício) com o Dr. Roberto
Assagioli em Florença, Itália. Mestrando da Faculdade de Educação da
Universidade de Brasília. A seguir, transliteração integral do texto: O CAMINHO DA MEDITAÇÃO
De Jan Van Der Linden O mundo ocidental tem mostrado, nas
última décadas, um interesse crescente pela meditação. Este fato pode ser
explicado como resultado de um contato maior entre o Leste e o Oeste. Alguns
professores orientais, como o Maharishi Mahesh Yogi, fizeram muito para
popularizar a idéia da meditação no Ocidente, não só entre os
"hippies" (começando com os Beatles) mas também com outras
categorias de pessoas. Todavia, as abordagens mais profundas, como as praticadas
nos grupos mais esotéricos, também estão sendo alvo de crescente interesse.
Além disso, a meditação tornou-se objeto de investigação científica(isto
é, psicológica e fisiológica) em universidades e em outros institutos de
pesquisa. Há duas grandes razões para este
desenvolvimento. Primeiro, a necessidade interior. Estamos descobrindo que somos
mais do que parecemos ser. Uma grande parte do nosso ser interior ainda é
desconhecida; por que deveríamos nos separar dela? Assim como exploramos o espaço
exterior, temos necessidade de explorar nosso espaço interior. Da mesma forma,
os seres humanos possuem enormes faculdades e poderes dentro de si mesmos;
maiores possibilidades que queremos explorar e usar. Nós (falando de um modo
geral) tendemos a nos realizarmos tão completamente quanto possível; temos uma
inerente necessidade humana de "preenchermos-nos". Através da meditação,
encontramos meios de sermos mais verdadeiramente nós mesmos. Em segundo lugar, há, no mundo de
hoje, uma necessidade exterior, muito real, de meditação. Ante os atuais
problemas internacionais, as situações difíceis de nossa sociedade e as
grandes questões a serem resolvidas nos campos econômico, político e
outros, fica muito claro que tudo isto não pode ser tratado adequadamente a
partir, apenas, do nível racional. Muitos começam a
compreender que precisamos ir além deste ponto. Precisamos de outra
dimensão para nosso pensamento, de modo a encontrar a sabedoria para resolver
estes problemas. Talvez esta Segunda razão
- as demandas de nosso mundo exterior por uma resposta verdadeiramente
criativa -
relaciona-se com mais clareza ao tema deste livro. Todavia, os mundos
interior e exterior, bem como nossas necessidades interiores e exteriores, não
podem ser separados. Antes de considerarmos
a meditação como um caminho para a criação de um mundo mais pacífico,
devemos, inicialmente, determo-nos um pouco mais na investigação da
necessidade interna. Meditação:
rumo ao "Ser" mais completo. O homem moderno tem a tendência de
pensar que não somos mais do que aquilo de que temos consciência graças a
nossa mente racional: nosso corpo, nossos sentimentos, emoções e vida
pensante. Todavia, a psicologia profunda (Sigmund Freud
e outros ) mostra com
clareza que, como um iceberg, a maior parte de nossa natureza - nosso
inconsciente - é invisível. Ainda assim, ela influenciaq nossas ações e
nosso pensamento de muitas formas, frequentemente mais do que compreendemos. Nosso ser consciente está contido,
por assim dizer, numa parte maior, inconsciente, de nossa natureza. Isto pode
ser revelado, por exemplo, através da linguagem simbólica dos nossos sonhos e
de impressões e impulsos frequentemente inexplicados que nos afetam a partir
"de dentro"; - as
partes de
nós mesmos às quais
negamos ou
não lhes permitimos
acesso a
nossa consciência
( porque às tememos ou não sabemos como lidar com elas) continuam, não
obstante, com sua existência invisível. Assim, o que é
mostrado neste diagrama como um pequeno círculo, ao redor do eu, (
poderia encontrar-se em linhas pontilhadas ) , pode, através da repressão e de
um "fechamento" de si mesmo, tornar-se uma linha cheia, ( como no
desenho ) bloqueando a comunicação
harmônica com a natureza mais profunda do ser ou com grandes partes dela.
Ressalte-se, porém, que o que é comumente "reprimido" não diz
respeito apenas a nossos impulsos sexuais ou nossas libido
(como Freud enfatiza), mas também pode ser nossos sentimentos ( por
exemplo, o lado feminino do homem), nossa natureza religiosa, nossos ímpetos
criativos e nossas intuições. Roberto Assagioli, M.D., o pai da
psicossíntese, fez uma distinção útil entre os diferentes níveis ou regiões
do inconsciente, como mostra o diagrama abaixo. O inconsciente inferior
relaciona-se com o funcionamento de nossa vida
biológica; ele contém nossos impulsos fundamentais e ímpetos primitivos;
também, muitos complexos, estímulos patológicos e fobias. É a fonte
de nossos sonhos e imaginações de uma espécie inferior. O inconsciente médio, que cerca
diretamente nosso campo de consciência, consiste dos elementos psicológicos
que são da mesma espécie de nossa percepção
cotidiana e podem ser facilmente relembrados por nossa mente, é a região
interior onde nossas várias experiências e atitudes pensantes são
compreendidas e assimiladas. O inconsciente superior é a área
da qual recebemos nossas intuições, inspirações, esclarecimentos, impulsos
heróicos. É a fonte dos sentimentos elevados, tais como o amor altruísta, e
também do gênio. Esta região é, às vezes, chamada de
"superconsciente" porque percebe-se que ela está "além" do
alcance do nosso consciente, contendo elementos que ainda não dominamos
completa e conscientemente, mas em cuja direção estamos crescendo e na qual
buscamos penetrar. É a esta região que Abraham Maslow refere-se como "os
limites mais distantes da natureza humana". Em termos de evolução humana,
pode-se dizer que o inconsciente inferior representa o passado; o inconsciente médio
é o presente e o superconsciente é o futuro - àquilo que ainda está para
ser. Bem alto, na região do superconsciente, encontra-se o Eu superior. A linha
vertical unindo o ser pessoal a
este centro superior simboliza o caminho da ascensão. Vislumbres desta região do
inconsciente superior e de nosso verdadeiro Ser vêm-nos, usualmente, apenas em
"experiências supremas" - àqueles momentos superiores de
realização, amor, sabedoria, força, percepção, beleza, criatividade. Estes
momentos superiores chegam a nós como uma dádiva, uma "graça".
Todavia, há um caminho para o alto e a maneira ideal de comunicar-se
deliberadamente com nossa natureza superior e elevar nossa
consciência até ela é a meditação. A meditação é, na verdade, nossa
"escada de cordas", o modo pelo qual ascendemos ao mundo do
significado, e a abordagem para contatar
com o verdadeiro Eu superior, ou Alma. É a meditação que torna isto possível,
que permite ver a vida comum a partir da perspectiva daquele Ser e sob sua luz,
o que proporciona efeitos benéficos e liberadores à nossa introvisão,
compreensão e vida. A meditação
implica o desenvolvimento da mente de tal forma que esta se abre para sua dimensão
superior, que funciona normalmente nestas regiões elevadas- a mente superior e
a intuição. A meditação, neste sentido, é
mais do que apenas acalmar a mente ou encontrar a paz interior - embora
estes aspectos sejam parte de sua prática.
O primeiro passo é sempre a preparação correta: aquietar o corpo, as
emoções e a mente, e alinhá-los tanto quanto possível com o próprio Ser
interior. Tranquilidade pura e presença inteira para si mesmo! Então, através
da concentração em um "pensamento inicial" bem escolhido,
consegue-se penetrar, pouco a pouco, nos significados profundos atrás das
palavras - primeiro através da
meditação reflexiva; depois, meditação "receptiva" e, finalmente,
o estágio mais profundo da contemplação que significa, essencialmente, a visão
a partir da perspectiva do verdadeiro Eu. Visão mais ampla do que a que se
tinha "abaixo". Se se estabelece uma prática regular de meditação,
estas visões darão, cada vez mais, a recompensa de novas introvisões da
"verdade, bondade e beleza"para serem levadas para a vida diária. A
realização revela que, quanto mais perto chegamos do nosso verdadeiro Ser,
mais perto estamos de
tudo; porque
( como Maslow afirmou com clareza), naquele ponto do ser no qual somos
mais completa e exclusivamente nós
mesmos, percebemos que somos, ao mesmo tempo, um como todos os outros, e a
dicotomia desaparece. A verdadeira
consciência de grupo é, por conseguinte, vivenciada neste nível do Eu
superior. É deste centro que a ilusão de alienação e de separação
desaparece e que uma maneira de pensar e de ser mais inclusiva começa a
influenciar a vida do indivíduo. Olhando de novo além, o Eu, ou Alma, é também
a "centelha divina"no ser humano que sabe ser parte do grande todo e
pode relacionar-se com o Divino. Não é possível, nos limites
deste artigo, tratar com maiores detalhes a prática da meditação
- como aprender suas técnicas
e evitar suas armadilhas[...] [...] Todavia, dois aspectos da
meditação serão considerados mais apuradamente porque são estágios
consumados, que proporcionam à meditação seu sentido na vida criativa e
trazem-na para a categoria de serviço para a humanidade.
Estes estágios são os da iluminação e da precipitação. [ estágios 45 e 46 adotados pelo
autor à comporem a teoria
de expansão psicomaturacional da consciência humana ] Iluminação e precipitação
Iluminação Em primeiro lugar, a iluminação
ocorre em vários graus. Ela não se refere apenas àquele estado iluminado do
ser, atingido após uma vida de aspiração e luta espirituais ( como quando nos
referimos a alguém como "iluminado" ) mas também é àquele breve
raio de luz que pode entrar e derramar-se em nossa mente durante a meditação e
por meio da qual a Realidade é vista em sua perspectiva verdadeira e não
distorcida. Neste momento, é como se o sol brilhasse através do nevoeiro e uma
visão tomasse, de repente, o lugar de outra, parcial e distorcida. Tecnicamente falando, a iluminação
é o resultado do contato com o Eu superior, ou ser espiritual, a Alma, na qual
há luz. A alma é luz, e assim, se alguém se aproxima da Alma através da
meditação, deve surgir o relâmpago de um contato, proporcionando a experiência
de estar sob uma nova luz, diferente daquela do intelecto e do pensamento
normal. Este contato consciente com nosso
verdadeiro Eu, ou ser transpessoal, pode ser desenvolvido através da prática
regular da meditação. No começo pode ser raro
- apenas um breve vislumbre -
porém, mais tarde, à medida que se avança no caminho da meditação, este
contato pode tornar-se, gradualmente, mais frequente. Pode ser, então,
"induzido"e tornar-se mais permanente. Em segundo lugar, a iluminação
pode acontecer em vários níveis de nossa natureza interior. Pode ocorrer na
natureza emocional, que é nossa vida de desejos, sentimentos e aspirações, e
também pode afetar nossa natureza mental. Os resultados destas duas situações
são diferentes e também podem acontecer combinados. Se a iluminação acontece
no nível emocional, ela proporciona a experiência maravilhosa descrita por
muitos místicos como a transcedência de todo desejo, o abandono de todo o egoísmo
e de todo o ego pessoal. É-se elevado internamente a um nível no qual há uma
união com todos. Há a realização do amor e da compaixão. Na literatura mística
há muitos testemunhos de uma sensação de exaltação, de êxtase místico.
Tudo isto é resultado da iluminação no nível da vida emocional, a vida do
desejo e do sentimento. No nível mental, a iluminação é
realizada sob a forma de irradiação da mente, e isto está acontecendo de modo
crescente por meio de nossas práticas modernas de meditação. Significa um
esclarecimento da natureza e do pensamento intelectual, mostrando que todo
pensamento anterior não era mais do que preliminar e parcial em comparação
com a avalanche de luz que tem lugar. É
aqui que pode haver intuição verdadeira
- uma visão das coisas em
sua totalidade, não iluminada pelo tempo ou pelo espaço. Percebe-se as coisas não em uma sequência lógica como o
pensamento comum; mas de uma só vez, de uma maneira sintética e compreensível. Abrahm Maslow descobriu que, na
"experiência suprema", há uma forma totalmente nova de percepção,
que pode ser chamada de "percepção do Ser". É impossível descrever
completamente o que é a iluminação. Mas, neste ponto, a pergunta mais
importante é: aonde ela leva? O
recebimento da luz, a iluminação, é o objetivo final da meditação? Pode-se,
também, perguntar para que estamos realmente meditando? Nosso objetivo é nos
banharmos na luz para nosso próprio prazer?
É encontrar a salvação? É encontrar um lugar no qual gostaríamos de
ficar para sempre? É claro que, através da meditação, é possível sentir-se
melhor, sentir-se "elevado", pode-se ficar na luz. Isto tudo é parte do processo, mas será o objetivo final?
Com certeza, a partir da perspectiva do Eu superior, este não é, de
modo algum, o objetivo. Não é o fim - é
apenas o começo, porque a luz é o estado normal do verdadeiro Eu ou Alma. E a
iluminação significa que se está próximo à região onde se é o verdadeiro
Eu. Assim, na luz, começamos a ser como a Alma. Do ponto de
vista do "pequeno"
eu pessoal,
pode-se considerar a iluminação como o fim. É o fim em um sentido
muito literal, porque o eu pessoal parece Ter fim, parece ser transcendido; ele
deixa de ser o centro do universo e dá lugar a um outro centro, onde se é mais
verdadeiramente "si mesmo". Qual é, então, o trabalho posterior ao momento em que se alcança
- ainda que momentaneamente
- o raio de luz? Devemos nos lembrar que Buda, depois de alcançar a iluminação,
voltou para o mundo e difundiu novos ensinamentos. Ele serviu ao mundo com os
frutos de sua iluminação; mostrou ao homem a causa do sofrimento e ensinou o
nobre caminho dos oito passos. Outro exemplo, na antiguidade, é o de Moisés,
que subiu o Monte Sinai e entrou em contato
com a luz, a face de Deus. Porém, não ficou lá, na ociosidade, e nem voltou
de mãos vazias para o povo de Israel. Ele trouxe os Dez Mandamentos - as leis
para sua vida social e espiritual. Cristo, porém, entre todos, foi o
“iluminado” capaz de precipitar no mundo material, o conjunto de preceitos
supra-humanos, onde a paz, o amor e a harmonia, norteiam a existência. Desta forma, hoje, todos os que
aprendem a trabalhar deliberada e conscientemente a "luz" e que estão
começando a contatar sua alma, enfrentam a pergunta: como podemos fazer uso do
que vimos? Como isto pode se tornar
efetivo e prático para os outros? Isto nos leva ao próximo estágio
que pode ser chamado de trabalho de precipitação.
Trabalho de precipitação A dificuldade neste estágio, como
vimos, é que no nível superior há um "comprimento de onda"
diferente, em comparação com nossa maneira comum de pensar, de viver e de
falar com os outros. É como se tivéssemos
entrado em contato com uma força de alta voltagem, enquanto que em nossa vida
normal, usamos apenas corrente de baixa voltagem. Faz-se necessário, por
conseguinte, uma transformação de energia. Temos que reduzir a alta voltagem
para a baixa voltagem, prática e compreensível do nível comum. Temos que trazê-la
do nível da sutileza para o da crescente densidade. E, para este processo, a
palavra "precipitação" é muito apropriada. (...) É importante sempre lembrar
que somos portadores de bilhões de micro-baterias. Cada célula de nosso corpo
corresponde a uma pequena e minúscula bateria de potássio. Cada uma opera
entre 40 e 90 minivoltz(...) Crbjl O que foi visto na luz, na meditação
e nos momentos supremos do ser profundo é, de fato, amorfo, intangível,
abstrato. Precisa-se, então, de trabalho mental para deixar que isto se
precipite na mente aberta e concreta sob
a forma de conceitos e de verdades práticas que possam ser usadas na vida diária
e em qualquer campo de atividade no qual se esteja
engajado. Esta "abordagem para
baixo", no sentido de levar os resultados da introvisão profunda para o chão
e dar-lhes valor prático, reflete uma grande mudança cultural-espiritual.
Durante os últimos 1500 ou 2000 anos, a vida "espiritual"enfatizou,
em primeiro lugar, a elevação, simbolizada pelas torres altaneiras das
catedrais góticas. "Se quer liberdade...fuja do mundo e procure
Deus", como afirmou Guido Gazelle, poeta místico flamengo. A ênfase,
todavia, parece estar mudando,
neste século, no sentido de uma
direção para baixo: ao invés de
elevar-se ao Céu, há a tendência
de trazer o paraíso para a Terra. Como uma poderosa invocação moderna bem
revela: "Deixe a Luz, o Amor e
a Força restituir o Plano à Terra".
Enquanto o passado produziu e fortaleceu a visão para o alto, o próximo
estágio e a ênfase serão fazer
com que àquela visão se manifeste aqui e agora. "Traga para a terra o que
você viu no céu" é, assim, a tônica para a meditação nos dias de
hoje. |