Introdução
à Literoterapia
"Bases
e pressupostos à literoteroterapia clínica”
“RELATIVISMO”:
O
QUE NÃO É PLENAMENTE VERDADEIRO, É MEIA VERDADE!
“ABSOLUTISMO”:
O QUE NÃO É PLENAMENTE VERDADEIRO, É PLENAMENTE FALSO!
Dr. Mário
Carabajal – Psicanalista Clínico
Presidente da Academia de Letras do Brasil
A verdade absoluta, é uma verdade
completa, o reflexo absolutamente exato do objeto, é o conhecimento totalmente
idêntico ao seu objeto. A verdade absoluta é valida para todos os homens e
para todos os tempos, e por isso, não pode ser refutada no desenvolvimento
ulterior do conhecimento. Já a verdade relativa, é uma verdade incompleta, o
reflexo relativamente correto do objeto, passível de complementação ou
retificação no futuro, inclusive de refutação. É valida dentro de certos
limites. Daí surge os conceitos de absolutismo e relativismo. No primeiro, os
seus adeptos afirmam que só há verdades absolutas. Verdades relativas não
existem. As verdades que caducam ou necessitam de serem complementadas não são
verdades. As verdades “verdadeiras” não caducam. Elas são imutáveis,
eternas, dadas de uma vez para sempre. Para os dogmáticos ou absolutistas, as
verdades são como os dogmas: definitivos, imutáveis, eternos...veja-se o
“abstrat” do absolutismo em seu maior expoente nos tempos modernos:
(...)o que não
é plenamente verdadeiro, não é meia verdade. O que não é plenamente
verdadeiro, é plenamente falso(...) Edgar Hudson
Já no
relativismo, ao contrário do absolutismo, seus adeptos afirmam que não há
verdades absolutas, mas somente verdades relativas. Negam a possibilidade de
conhecer a essência das coisas, o número e a verdade absoluta. Dizem que só
podemos conhecer os fenômenos, a aparências das coisas. Chegam a dizer que
todos os nossos conhecimentos são relativos no sentido de subjetivos, parciais,
aparentes, ilusórios. Vejo em Lucas de Sousa, o maior expoente moderno
brasileiro do relativismo. “ Nada é o que aparenta ser”.
Platão, o
maior expoente em todos os tempos do relativismo. “Tudo o que existe e que
nossos sentidos conseguem perceber, são apenas sombras de um mundo e realidades
intangíveis aos olhos e sentidos meramente humanos”.
Todavia,
Hudson, Lucas de Sousa e Platão, não conseguiram solucionar corretamente o
problema. Exatamente, talvez, por problemas não existirem, existindo tão
somente uma maior ou menor capacidade de soluções. Quanto maior o problema,
mesuramos o ser que, atrás dele, toma as decisões. Se menor o problema,
conhecemos inversamente o ser. Logo, mais uma vez, a verdade se encontra no meio
das duas teorias, sendo esta o “absolutismo relativista” – que é a posição
defendida pela filosofia diamática e que é, em nosso ver, a mais aceitável:
segundo essa teoria, as possibilidades cognoscitivas dos homens estão limitadas
pelas condições históricas e pelos nível do desenvolvimento da ciência, da
técnica e da produção. Por isso, os nossos conhecimentos são relativos em
cada etapa e têm caráter de verdade relativa, mas objetiva e não subjetiva
como pensam os relativistas.
Se as
verdades que conhecemos são relativas, será então possível conhecer a
verdade absoluta, total, perfeita de tudo? Podemos sim, mas a verdade absoluta não
pode ser conhecida de modo imediato, direto, de um só golpe e por completo. Ela
só pode ser
alcançada, paulatinamente, no processo infinito do conhecimento. A
humanidade se aproxima cada vez mais da verdade absoluta. Ao conhecer as verdade
relativas, conhecemos também parte da verdade absoluta. Veja-se a teoria do átomo.
Embora ela corresponda à realidade, não é completa. Não podemos dizer que
esgotamos o assunto. Há muito ainda por conhecer sobre a natureza e a
quantidade das partículas elementares que formam o átomo,sobre
as causas que originaram sua mutabilidade, a “bola de fogo” de César
Lates...A atual teoria do átomo é uma verdade relativa, mas, ao mesmo tempo,
ela contém graus de verdade absoluta em crescimento. Assim, a verdade relativa
que conhecemos contém partículas da verdade absoluta, é um momento da verdade
absoluta. O Pensamento Humano é, por natureza, capaz de conhecer a verdade
absoluta que resulta da soma global das verdades relativas. Cada fase do
desenvolvimento
da ciência adiciona novas partículas a essa soma global de verdades
relativas. A verdade absoluta está para a verdade relativa como o todo está
para as partes. O todo não é uma soma aritmética de suas partes, mas
“algo” mais, pois é uma qualidade. A gestáltica nos diz que o todo é algo
diferente da soma mecânica das suas partes. Também, não podemos nos somar com
quem julgue existir ação, pois toda ação é mera consecução de limiares
potencializados em momento imediatamente passado, ou futuro previsto. Pode-se
delimitar um momento consecutivo reativo e o designarmos como ação. Todavia,
este sempre apresentará em sua essência desencadeadora, um limiar tensional
adquirido em tempo anterior ao que delimitamos e aceitamos como ação. Todo e
qualquer evento, por mais próximo do que possamos designar como ação,
encontra-se em uma ordem de sucessão reativa que sucede sucessivamente sem
nunca cessar. É comodo admitirmos a ação, sem ela, teríamos que, antes de
julgarmos infratores, entender o contexto sócio reativo em que se encontra.
Assim, analisarmos o contexto histórico, enfim, teríamos de reformular leis,
distribuir melhor a renda e cortar muitos privilégios, ou, melhor
certamente, estender a todos tais conquistas de minorias.
Por que o
homem não pode esgotar realmente o conhecimento do universo até o fim? Porque
o universo é infinito, ele ininterruptamente muda, se transforma, muda de
aspecto e se transforma em outro. Por outro lado, junto com o universo, também
se desenvolve a nossa capacidade cognitiva, os nossos órgãos sensoriais e as
nossas faculdades intelectuais se aperfeiçoam. Significa que ela, capacidade
cognitiva,
ainda não é perfeita. É por isso que não há fundamento em afirmar
que nossos conhecimentos são definitivos e absolutos, como também
puramente relativos. Vivemos, isto sim, uma evolução cosmobiopsicocinesiológica.
O que é o mesmo que dizer que o homem e universo encontram-se em pleno processo
contínuo e infinito de rearranjos. Observemos, em todos os tempos as centenas
de teorias sobre a natureza da Luz corpuscular, ondulatória, eletromagnética,
quântica, mecânica ondulatória. Cada uma aproxima-se mais do que a outra do
que nós, na atualidade, temos como base de sustentação as nossas buscas e
pesquisas cientificamente embasadas em pressupostos do conjunto de buscas
anteriores, como temos dito, nada surge sem elos anteriores. Logo, nossas
teorias, encontram em todas que as antecedem, fundamentação e princípio.
Obviamente que concorremos com Newtom Hyghens, Faraday, Pank Louis de Brooglie,
sem contudo, relativizar suas teorias, ao contrário, somatizar. Formarmos os
elos a partir daquilo que, até então, estes cientistas conseguiram observar,
experimentar e validar. Jamais, em tempo algum, conseguiria-se falar em
“cosmobiopsicosóciocinesiologia” sem que antes, cada um dos conceitos dessa
teoria fossem massificados, chegando até nós. Assim, tanto estamos diante ao
novo, como o novo se nos exige a formação de elos. Somos ao mesmo tempo o
fruto da evolução sistêmica das ciências, como a própria árvore. Contudo,
dependente de uma muda ou semente anteriormente disposta. Sem que tivéssemos
uma conceituação de universo, cosmologia, biologia, psicologia, sociologia e o
estudo do movimento cinesiológico, seja humano ou pelo deslocamento e transmutação
das partículas e energias que compõe essa cadeia, desde o infinito
macrocosmos ao diminuto e também infinito microcosmos, jamais chegaríamos
a conclusão seguintes.
Até que
formulássemos a teoria do pensamento como transcodificação cósmica, entendíamos,
além dos conhecimentos sensível e racional, já estudados fartamente pelas ciências,
o de espécie chamado intuitivo, de Bérgson, ou ainda no fenomenologismo de
Husserl, e ainda, no existencialismo de Heidegger. Tivemos certamente as
correntes anti-intuicionistas, porém, sem objetivarem decodificar a origem do
pensamento, mas voltadas para a organização social, como o marxismo, o
pragmatismo e o neopositivismo, embora, não neguem a intuição como espécie
natural de conhecimento, o que os exclui da genuína corrente contemporânea do
pensamento como energia cósmica transcodificada.
Apesar de
haver vasta literatura filosófica a respeito da intuição, infelizmente não
existe uma concepção uniforme sobre a mesma. A idéia ou noção de intuição
é uma das mais confusas de todas as noções filosóficas. Bérgson dedicou
toda sua vida ao estudo da intuição e escreveu vários trabalhos sobre o
assunto. Existem dezenas de noções diferentes e nenhuma
delas suficientemente clara e evidente, apesar de que segundo o próprio
Bérgson, a clareza e a evidência sejam as qualidades intrínsecas da própria
intuição.
Jusserl e
Heidegger, já pressupõe clara e evidente a noção de intuição e por isso
nem sequer tentem defini-la.
Uma das razões
principais da confusão que existe a respeito da intuição é que cada filósofo
a entende a seu modo. As vezes, um mesmo filósofo, como Bérgson, por exemplo,
a entende de maneiras diferentes, o que aumenta ainda mais a confusão.
Preferimos, contudo, tirara a intuição do obscurantismo metafísico e
defini-la como um sexto-sentido, passível de identificação, diagnóstico e
aproveitamento em infinitos males humanos, criados em acúmulos tensionais
erroneamente assimilados, a partir de ofertas condicionais dos inúmeros meios a
que somos vítimas durante ao processo evolutivo. Todos os demais sentidos, já
amplamente identificados, são passíveis de intervenções médicas, a intuição,
é tratada como material inconsciente latente pela psicanálise, único meio até
o momento, para aprofundarmos incursões ao interior humano. Contudo, a
literoterapia, pode maximizar potenciais, equilibrar limiares e o que a difere
de quaisquer outros segmentos médicos, potencializar ações a serem
deflagrados em tempos futuros, tanto de nossos pacientes, como de gerações
futuras. A literoterapia, garante, o aproveitamento sistemático amplo, total e
irrestrito, a partir da paradigmaximização sistematizada à operacionalização
de ideais, as vezes, em linha de consecução muito além de nossa épocas.
Jacob
Bazarian, pela primeira vez na história da filosofia, fez análise Científica
e gnosiológica do que seja a intuição: tentou revelar sua
essência, descobrir seu mecanismo interno e seus traços característicos,
mostrar o papel que desempenha no processo do conhecimento da verdade. Bem como
determinar seu valor cognoscitivo, Isto é, o seu valor do ponto de vista
da verdade. Concluiu Jacob, que intuição não é um órgão sensorial,
como audição, visão, olfato...como afirmam muitos filósofos...A intuição,
segundo Jacob, não é afeto nem sentimento, como amor, simpatia....a intuição
não é tampouco um dom irracional, supra-racional, sobrenatural, que seria
privilégio de alguns “eleitos” por um ser superior, tal como afirmam certas
doutrinas espiritualistas, místicas, esotéricas. Freud, contudo, deixou-nos a
maior herança ao conjunto sistêmico ao aproveitamento físico da intuição.
Devido a difusão ampla das obras freudianas, detemo-nos em Jacob, menos
divulgado, em pontos não aprofundados por outros pesquisadores.
A
intuição, segundo Jacob, é uma espécie, uma forma, um modo de conhecimento
que completa as demais espécies e modos de conhecimento (sensível e racional).
A intuição é uma função especial de nossa mente. A capacidade intuitiva é
um fenômeno psíquico natural que todos os homens têm, em maior ou menor grau,
conforme certas condições.
Da
premissa supra, lançamos as bases ao desenvolvimento da investigação
literoterapêutica. No momento em que, a exemplo da psicanálise, permitimos o
acesso natural receptivo, de precipitação dos “impulsos intuicionais”
humanos, com a variante de literografarmos estes elementos, divergindo da psicanálise
pela verbalização intrínseca da teoria psicanalítica, estaremos diante a um
novo método clínico de diagnose, cura, projeção, redirecionamento e
dimensionamento de limites internos. Muitos seres, a partir do aproveitamento máximo
de vazão da
literografia “intuitiva” acreditam receberem mensagens de espíritos
e de dimensões e estágios em desdobramentos da vida após a morte.
Estão, estes seres, a transcodificarem literoterapicamente e
transliterariamente, energias eletroquímicas, contidas e codificadas
quimicamente em vegetais, bases de suas alimentações. O aprofundamento, neste
tema, deve ser dirigido a “cosmobiopsicosociocinesiologia” – ciência
emergente das complexidades modernas.
Agora
vejamos o conceito etimológico da intuição: vem do latim “in tueri”, o
que significa, ver em, contemplar; “intuitus”, o que é igual a “visão,
contemplação”.
Intuito, do ponto de vista da moderna literatura clínica, ou
literoterapia, significa anamnése ao diagnóstico humano, individual, familiar
ou social. O que até então tínhamos como simples
ato de ver, contemplar, dá lugar a uma análise mais comprometida da
situação.
Assim, etimologicamente falando, a intuição é um conhecimento direto,
uma espécie de visão imediata dos objetos e de suas relações com outros
objetos, sem uso do raciocínio discursivo – é nesse sentido que se diz que
uma intuição é uma percepção, visão ou contemplação. Logo, deixamos a
metafísica e passamos à uma visão útil de diagnóstico e cura através da
resultante clinicamente precipitada da intuição/ utilizando-nos de sua máxima
demonstrada no conjunto literário.
Vejamos as formas de intuição: -
segundo a literatura filosófica contemporânea;
- é
tratada como existindo diversos tipos de intuição, tais como: intuição empírica,
sensível, psicológica, racional, intelectual, sobrenatural, metafísica, mística,
divina, eidética, essencial, existencial, volitiva, emocional, supra-racional,
entre outras tantas...Contudo, Jacob agrupou-as em três formas fundamentais,
sendo:
-
Intuição sensível ou empírica; Intuição
metafísica ou mística; Intuição intelectual.
Todas, passíveis
de delimitação ao aproveitamento humano em condições literoterapêuticas.
A
intuição sensível ou empírica é o conhecimento direto, a sensação, a
percepção ou visão do conjunto das propriedades sensíveis dos objetos que se
faz por intermédio dos sentidos. Exemplo: A percepção que tenho da laranja,
de sua cor, de sua forma...visto que essa forma de intuição coincide em tudo
com a noção de sensação e percepção sensível, não devemos jamais usar
intuição nesse sentido. Nesse caso, devemos substituí-la pela palavra percepção(sensível)
ou visão ( sensível).
A
intuição metafísica ou mística seria o conhecimento direto e infalível
da verdade absoluta, sem o auxílio dos conhecimentos sensíveis e racionais,
desmitificação, pelo qual o espírito atingiria os seres em si mesmos, a existência
e a essência dos objetos da realidade exterior e interior ( matéria, espírito),
do absoluto ou dos seres transcendentais, desmistificação.. Por exemplo: a
intuição, a visão, ou contemplação da alma, da santidade, de Deus, do
Diabo...Nesse caso devemos substituí-la pela palavra contemplação mística.
A
intuição intelectual é o conhecimento direto, imediato, de conjunto das
propriedades sensíveis essenciais dos objetos e de suas relações com outros
objetos ou fenômenos, sem uso do raciocínio discursivo. Exemplo: o todo é
maior que qualquer uma de suas partes – máxima da indução dedutiva.
Eliminando
a intuição sensível por ser sinônimo de percepção, e intuição metafísica
por transcender o objeto científico, resta-nos tão somente ( segundo Jacob) a
intuição intelectual, o que ele a sub-divide em dois distintos grupos:
-
intuição
de evidência ou racional
-
intuição heurística ou divinatória.
Aproximamo-nos,
cada vez mais, do ser total, daquele ser que adormece em profundidades não
tocadas por outras especialidades médicas, de onde evidencia-se novos limites
à clínica de diagnósticos e cura, sob as bases sólidas da literoterapia.
O ser, sob análise e tratamento literoterápico, desnuda-se, do ponto de
vista revelador de sua personalidade. Potencialidades latentes, inerentes a
todos os seres, prontas a aflorarem, desde que estimuladas, se revelam,
insurgindo o verdadeiro ser, com sua essência imortal, comprometida e
“divinamente”
elaborada.
A intuição
de evidência ou racional, é o conhecimento direto que nos faz captar, sem dúvida
nenhuma, a clareza de uma idéia ou a verdade de um fato ou de uma ação entre
os objetos do conhecimento. A partir de elementos mínimos, a continuarem nas
linhas de consecução em que se encontram, podemos ter a clara evidência do
momento futuro. Uns mais, outros menos, antevêem o futuro, a partir de
elementos mínimos, em linha direta de consecução.
Aqui, encontramos elementos externos (axiológicos) com valores
correspondentes já codificados internamente (catéxicos) – em níveis
superficiais de consciência, o que se nos faz acreditar em maior obviatoriedade
da seqüência, tornando o futuro, mais facilmente decodificável.
A
intuição heurística ou divinatória é o conhecimento direto que nos
faz pressentir a verdade, adivinhar a solução de um problema ou descobrir algo
novo. a intuição heurística pode ser também chamada de antecipadora,
prospectiva, adivinhadora, inventiva, criativa, criadora, produtiva. Esta intuição,
conseguida a partir de elementos a serem pinçados em níveis mais profundos de
consciência, e em intervalos maiores de tempo ao de nossa tentativa de formação
de novos elos, faz com que não identifiquemos em nível consciente, a origem
dos eventos que se nos evidenciam e tornam possível a leitura do momento
imediatamente seguinte. Isto, por assim se manifestar, cria uma falsa impressão
de insigth sem elos alguns, como se fosse uma visão criativa “pré-monitora”
ou mesmo metafísica de manifestação.
Podemos
observar, é que exatamente aquela possibilidade que mais se aproxima, em nosso
ver, de uma possibilidade concreta, e que pode inclusive nos oferecer bases à
investigação científica, foi eliminada por Jacob, sendo, a “intuição
metafísica ou mística”. Nada tem de metafísico ou místico na conceituação
dessa forma de intuição. Vemos aí, exatamente as bases comprováveis de elos
tremendamente concretos, ainda que profundas sejam as investigações à
sistematização dos fenômenos que compõe tal assertiva...se substituirmos
alguns termos, como espíritos por energia, essa teoria pode ser validada, ou
simplesmente entendida. Temos que admitir que a evolução científica tem
antevisões e os termos empregados em uma época, para serem compreendidos em
outros tempos, necessitam de reformulações à perfeita assimilação
dedutiva...Certamente, não podemos refutar a intuição intelectual, por ser, o
elo à difusão da intuição até aqui chamada metafísica, o que, para nós
melhor resume as possibilidades de precipitação do conhecimento até a
intelectualidade.
Toda a
premissa supra, se faz acompanhar dos conceitos e teses, defendidas em nossos
livros anteriores. Querer entender a este, sem aqueles, é como admitir a intuição
intelectual sem que antes admitamos a precipitação dessa “luz” sem antes
passar pelos estágios precipitatórios, cosmoquimioeletrotranscodificadores, o
que também é necessário pressupostos e embasamentos de pesquisas à compreensão.
A máxima da energia que fora cósmica, após reação prótons x elétrons do
hidrogênio “energia nuclear”, é codificado quimicamente nos vegetais via
espectro de raios gama, de onde, ganha o status eletroquímico na fisiologia
humana, resultando em energia cósmica transcodificada – pensamento.
A resultante final da cadeia cosmobiopsicosociocinesiológica, são
rearranjos sócio-evolutivos, propiciados, pela transliteração e difusão
linear das transcodificações, em níveis máximos de excelência integrativa
homem/natureza – natureza/universo. Assim, participamos ativamente da vida,
desde o infinito microcosmo, ao também infinito macrocosmo. A literatura, neste
contexto, sistemicamente aproveitada, evolui, de um conjunto meramente de
comunicação social, para
elo integrativo expansional de consecução cosmorreativa, capaz de
funcionalmente, paradigmaximizar diretrizes e ações, contextualizando os
seres, em uma perspectiva globalizadora de sincronicidade cósmica universal. No
início do terceiro milênio d.c. ou sétimo milênio desde o domínio de convenções
da escrita, comprovamos funções literoterapeuticas na arte da literatura,
delimitando um conjunto ordenado e meios à canalizar potenciais clínicos na
literatura, de onde surgem, as bases à literatura clínica. Platão, convertera
seus valores catéxicos, internos, uma vez confrontados, em literatura. Todavia,
poderiam haver resultado em agressividade, já que convivera longos anos de sua
vida, meio a tragédias propiciadas por um clima de guerras em Atenas. Tanto o
é, que seus primeiros trabalhos, após incursos poéticos, refletem seu
interior ao escrever “tragédias”, motivado pela força natural terapêutica
de resolução de problemas conflitivos internos, resultantes de choques entre a
natureza emocional e a natureza racional humana. Sua escrita, reflete o
aproveitamento máximo dos ensinamentos de Péricles e mais tarde de Sócrates,
ao confrontarem-se com a realidade trágica da guerra. Antes de um ser
moralmente deformado e agressivo, resulta um pensador, preocupado em
redimensionar e redirecionar os verdadeiros valores pelos quais a Humanidade
deve alimentar-se na arte da vida. Um combate contra a agressividade, lento,
todavia, duradouro, eterno. Assim, escritores, tanto nas ciências, metafísica
e literatura, vêm absorvendo e purificando os caminhos e destinos da própria
Humanidade. Necessário, contudo, se pudermos de forma clara e objetiva,
identificarmos a função clínica literária a que exercem seus autores.
Somando-se parâmetros de diagnóstico, anamnese e cura, a partir da delimitação
de abrangência dessa antiguíssima porém somente agora identificada profissão
congruente à medicina, com pressupostos e embasamento teórico constitucional
legal, previsto na legislação brasileira de profissões, com parâmetro na
classificação brasileira de ocupações, estabelecida pelo Ministério do
Trabalho, sob o número 0.79.90, onde, sob o título “outros médicos”
admite o diagnóstico, tratamento e cura, por outros métodos, que não a
utilização de medicamentos. Assim, admitimos, os novos médicos clínicos
literários, sob um paradigma inicial de pesquisas, ao evoluir desse novo ramo
das ciências da saúde,
claramente identificado, em vias de aperfeiçoamento e evolução.
O que até aqui era intuição, passa a compor um banco de novas
possibilidades à delimitação de males reversíveis através da literatura clínica.
A Academia
de Letras do Brasil, em 2002, estará colocando à disposição da população
brasileira, o primeiro curso superior e pós-graduações em “literoterapia”
– as vagas serão limitadas. Nosso E-mail: acadmialetrasbr@globo.com.br
.
Literatura Clínica
PLATÃO: segundo Diógenes Laércio, nasceu em Atenas, no ano em que morria Péricles. Este
último, morreu vítima de uma grande peste que invadiu Atenas. Isto, imediatamente após
ao início da Guerra que ficou historicamente conhecida como Peloponeso,
perdurando por vinte e oito longos anos. Diógenes
fora o professor que ensinara Platão a ler e escrever. Devido a influencia de Diógenes,
Platão iniciou-se na literatura com pequenos ensaios em poemas, depois poesias,
revelando-se escritor com ensaios para o teatro, tragédias, foram suas primeiras
incursões e dramaturgias. Posteriormente, com sua participação, muitas ganharam
expressão corporal e representativa no teatro. Seus ensaios de escrita com enfoque em
tragédias, na atualidade, a partir de princípios de análise psicanalítica sociológica
histórica, atribuímos ao fato de haver Platão, desde a sua infância até próximo aos
trinta nos, ter sido criado meio a insustentável tragédia em Atenas, perpetrada pela
Guerra supra citada. Seus valores catéxicos internos, tiveram codificação axiológica
( externa ) fortemente influenciada pela Guerra. Esta convivência só não foi
incorporada devido ao que chamamos atualmente de Literatura Clínica. Platão sem ao menos
saber os efeitos terapêuticos clínicos quando transferia literariamente revertendo os
limiares tensionais, transformando o que era instinto agressivo, depositado pela realidade
de sua época, em seu interior, em representações literoterapêutica, ainda que ele
próprio tão somente seguisse a forte e impositiva vocação literária. Na
realidade, trabalhava inconscientemente na reversão axiocatéxica de valores
fortemente impressos no âmago neurocodificador que depositara-se em limiares não
superiores ao paradigma cultural transcodificador ofertado por, primeiramente Diógenes e
mais tarde por Sócrates, que também foi seguido por Xenofonte em linhas iniciais
de estudos e pesquisas. Teve ainda influência direta e mesmo geneticamente ativa sobre
Platão, sua descendência. por parte de pai nobre(Reis). Por parte de mãe,
descendente de Sólon, o grande promotor da reforma em Atenas. Platão, ao
contrário de Sócrates que fora muito pobre, não conheceu em seus anos iniciais, até a
vida adulta, nenhuma dificuldade econômica. Seguro, com um ego fortalecido pelo paradigma
familiar. Sólon, reformador de Atenas teve um irmão o qual, um dos bisnetos de seu neto
fora Platão. Crítias, tido como o maior tirano dominador de Atenas após dominada pela
Guerra de Peloponeso. Este tirano, Crítias, era irmão do avô de Platão. Muito grande
foi o trabalho psico-reversor literoterápico ocorrido no interior de Platão, conseguindo
minimizar as influências negativas a partir da paradigmaximização literária
transferencial deixada por àqueles que o influenciaram positivamente, sob os princípios
literários, identificados em nossas pesquisas atuais, como capazes de inverterem
tendências internas psicosugestivamente implantados do âmago do ser devido ao meio de
sua criação. A Literatura Clínica, antecede a Platão, sendo talvez remontada a partir
de pontos obscuros e não identificados das primeiras convenções em conversões da
expressão humana em sinais. Hoje, a Literatura Clínica, sustenta os acúmulos emocionais
de milhões de pessoas em todo o mundo. Todavia, ainda não havíamos sistematizado a
síntese pró anamnese e diagnóstico Literoclínico, com tratamento e cura através desta
ciência. Psicanalistas e clínicos em geral, sem se aperceberem, utilizam-se da
Literoclínica, quando analisam e transferem incursivamente suas observações
anamnéticas em Literatura Clínica. Os Médicos Especialistas em Psicanalise Clínica, é
comum, pela Literatura Clínica, conseguem estabilidade pessoal em bons níveis de
transferência dos acúmulos tensionais, a partir de limiares recebidos de seus pacientes.
Ainda que até o presente, não tínhamos tal concepção de efeitos clínicos através da
escrita. Advogados, também sem o conhecimento dos efeitos Literários Clínicos, promovem
em si, auto-terapias, quando de seus impulsos
psicoreativosliterários, frente a fortes acúmulos de tensões neles depositados por seus
clientes. Os jornalistas, conseguem intermediar, através da canalização de problemas
individuais coletivos, com a devida redistribuição à assimilação social, focos
tensionais capazes de imprimirem distúrbios psicanaliticamente ativos, na ausência desse
trabalho, inconscientemente Literoclínico. Todos os professores, em todas as áreas,
transformam impulsos naturais libino-sexuais
de seus alunos, o que poderia resultar em demanda agressiva, em matéria criativa de
expansão da perspectiva individual
evolutiva do ser, com efeitos sociais de equilíbrio. Todavia, diante a agressividade
média coletiva, dentro e fora da sala da escola, necessitamos atentar, de forma objetiva,
para a possibilidade de maximizarmos os resultados observacionais científicos quanto a
eficaz intervenção da Literatura Clínica. Resultando, em redução da agressividade,
devido a tradução decodificadora dos acúmulos tensionais, em material literariamente
canalizador e transformador das impressões axiologicamente(externas) codificadas em
valores catéxicos(internos). Não podemos mais, deixar de considerar quaisquer
possibilidades à somar em busca do equilíbrio social em limites humanos de convívio.
Isto, de forma científica, sob resultados sistemicamente observáveis. Sem, contudo,
tolher a natural força impulsiva reativa humana. Assim, a Literatura Clínica, deve
encontrar-se um passo à frente, quando da falta dos elos na evolução psicomaturacional
do ser. A reação, sob quaisquer possibilidades de origens, sem a devida canalização,
pode resultar em material agressivo. Isto, por instintivamente, obedecermos a impulsos
animais, de onde, diante a falta do elemento seguinte, refrearmos nossas ações ou
travarmos uma batalha em busca dos resultados, os quais, primordialmente, objetivamos
quando gerou-se os impulsos capazes de
transporem a barreira de retorno, permitindo-nos o desencadear de uma ação consciente. Mais uma vez, comprovamos as
benesses da Literatura Clínica. O ser, diante ao vazio quando da falta dos
elos a que nos referimos, lançará mãos, acompanhado por um clínico, com formação e
especialização em Literatura Clínica, gerando os instrumentos e meios à
paradigmaximização limites máximos de aproveitamento total de experiências
anteriormente acumuladas.
Sempre as
ciências se encontrará em franco processo de ampliação de possibilidades. Os seres,
avançam ilimitadamente em busca de um aproveitamento total de suas experiências. Alguns,
andam em passos mais largos e rápidos. Todavia, àquele que aparentemente ficou para
trás, tão somente herda todo o conjunto de experiências por àqueles acumuladas. Assim,
todos avançam, independentemente de quem chegue primeiro. Certamente, andar na frente tem
um preço e peso. Contudo, se deixar levar, tem sabor de coragem e confiança nos precursores, em todos os ramos
existenciais. Mais cedo ou mais tarde, fatalmente, todos experimentarão a ponta naquelas
áreas as quais foram meios, ainda que por extensões genéticas não contemporâneas.
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Quando os chineses já
comiam em pratos de porcelana, os gregos ainda viviam em cavernas
Robles Máximo
Cientista e Escritor Venezuelano |
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Nascemos em
épocas as quais estão inseridas padrões conceituais e tecnológicos, definindo o
comportamento médio social.
Desde a Era das
Cavernas até a Era das Estrelas, os seres são enquadrados em padrões impostos pelo
sistema dominante dessas mesmas épocas. Assim como, eu por exemplo, nasci em 1958,
encontrando-me em 2001 com 42 anos, utilizando-me dos recursos da informática, internet,
e meu pai, em sua época, haver usado como mais alta tecnologia o telégrafo, em algum
momento, como escritor espero este privilégio de ser lido por pesquisadores
dos anos...suponhamos! 2 mil e, digamos...duzentos, que, em suas épocas, estarão
utilizando-se de tecnologias inimagináveis em minha contemporaneidade. Nesse momento
futuro, seguramente, os pesquisadores sofrerão as influências deste mesmo conjunto
tecnológico vigente em suas épocas. Bem como, herdarão de nossa época, àquelas
impressões que nós, fortemente consigamos projetar para este futuro distante.
Cientificamente, as impressões que ganham imortalidade, estão diretamente ligadas aos
ideais humanos, harmônicos e humildes, de boa vontade e dedicação, em buscas de
melhores e mais prósperos dias de convivência entre todos os povos e Nações. Sem o
risco de influências pessoais, de um único homem, capaz de promover a destruição,
guerras e manter toda a população de um
planeta, tensa, na eminência de possibilidades da deflagração da guerra atômica. O
que, esperamos, sejam eles, os estimuladores desse processo, retirados de seus postos, e
dispositivos criados à proteger a humanidade.
Toda a História
Humana é marcada por psicosugestões fortemente arraigadas no ser, de onde,
desdobramentos são observados, influenciando, a partir de um ser, sadio ou com
distúrbios, os destinos da própria vida sobre a Terra. Isto ocorre, tanto para a
Paz
quanto para a Guerra. Recentemente, em 1999,
o Presidente Clinton dos Estados Unidos, por impulsos a partir de distúrbios
transferenciais psicanaliticamente ativos, enquanto sofria forte pressão interna em seu
país, devido ao caso Mônica L. com possibilidade de impedimento e sua
deposição das funções Presidenciais, transformou
auto-imagem de valores morais abalados em valores agressivos axiologicamente libertos. Observamos, naquele
momento, que paralelamente aos picos de pressão individual, graficamente, os picos de
exteriorização em bombardeios ao golfo recebiam a
descarga individual do Presidente Clinton. Um homem sob tensão, não pode se manter a
frente do comando de uma Nação. Principalmente quando esta Nação, detém o domínio
atômico. Recentemente, em 2001, imediatamente a posse do seu sucessor, Buch, já pudemos
analisar os efeitos transferenciais herdados de seu pai, ex-Presidente americano,
acumulados quando o seu pai não conseguira deter o avanço dos domínios petrolíferos de
Sadan. É perigoso deixarmos, ou colocarmo-nos totalmente nas mãos de homens
individualmente. Do ponto de vista científico; psicanalítico e literoclínico,
deveríamos submeter todo o pretendente a cargos públicos, a exames analíticos, tanto da
psicanálise quanto da literoclínica. Isto, porque as duas ciências se completam, uma
encontrando na outra o pressuposto à sua totalidade. Julgamos, como necessário, durante
os mandatos públicos, a psicanálise, também a literatura clínica, capaz de
diagnosticar as tendências obscuras, passíveis de identificação pela emergente
ciência clínica literária, que, ao lado da cinesiologia, compõem as complexidades
modernas. Toda agressão, tem fundo em distúrbios mentais ativos, não trabalhados,
carentes de intervenção, tanto pela psicanálise clínica, quanto pela medicina clínico
literária. Sendo este, um dos objetivos de formação e pós-graduação da Academia de
Letras do Brasil.
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