História da Escrita
História e Evolução da Literatura no Brasil
História e Evolução das Ciências no Brasil 

Introdução à Literoterapia

"Bases e pressupostos à literoteroterapia clínica”

RELATIVISMO”:
O  QUE NÃO É PLENAMENTE VERDADEIRO, É MEIA VERDADE
!

ABSOLUTISMO”:
O QUE NÃO É PLENAMENTE VERDADEIRO, É PLENAMENTE FALSO!

Dr. Mário Carabajal – Psicanalista Clínico
Presidente da Academia de Letras do Brasil

A verdade absoluta, é uma verdade completa, o reflexo absolutamente exato do objeto, é o conhecimento totalmente idêntico ao seu objeto. A verdade absoluta é valida para todos os homens e para todos os tempos, e por isso, não pode ser refutada no desenvolvimento ulterior do conhecimento. Já a verdade relativa, é uma verdade incompleta, o reflexo relativamente correto do objeto, passível de complementação ou retificação no futuro, inclusive de refutação. É valida dentro de certos limites. Daí surge os conceitos de absolutismo e relativismo. No primeiro, os seus adeptos afirmam que só há verdades absolutas. Verdades relativas não existem. As verdades que caducam ou necessitam de serem complementadas não são verdades. As verdades “verdadeiras” não caducam. Elas são imutáveis, eternas, dadas de uma vez para sempre. Para os dogmáticos ou absolutistas, as verdades são como os dogmas: definitivos, imutáveis, eternos...veja-se o “abstrat” do absolutismo em seu maior expoente nos tempos modernos:

(...)o que não é plenamente verdadeiro, não é meia verdade. O que não é plenamente verdadeiro, é plenamente falso(...) Edgar Hudson

Já no relativismo, ao contrário do absolutismo, seus adeptos afirmam que não há verdades absolutas, mas somente verdades relativas. Negam a possibilidade de conhecer a essência das coisas, o número e a verdade absoluta. Dizem que só podemos conhecer os fenômenos, a aparências das coisas. Chegam a dizer que todos os nossos conhecimentos são relativos no sentido de subjetivos, parciais, aparentes, ilusórios. Vejo em Lucas de Sousa, o maior expoente moderno brasileiro do relativismo. “ Nada é o que aparenta ser”.

Platão, o maior expoente em todos os tempos do relativismo. “Tudo o que existe e que nossos sentidos conseguem perceber, são apenas sombras de um mundo e realidades intangíveis aos olhos e sentidos meramente humanos”.

Todavia, Hudson, Lucas de Sousa e Platão, não conseguiram solucionar corretamente o problema. Exatamente, talvez, por problemas não existirem, existindo tão somente uma maior ou menor capacidade de soluções. Quanto maior o problema, mesuramos o ser que, atrás dele, toma as decisões. Se menor o problema, conhecemos inversamente o ser. Logo, mais uma vez, a verdade se encontra no meio das duas teorias, sendo esta o “absolutismo relativista” – que é a posição defendida pela filosofia diamática e que é, em nosso ver, a mais aceitável: segundo essa teoria, as possibilidades cognoscitivas dos homens estão limitadas pelas condições históricas e pelos nível do desenvolvimento da ciência, da técnica e da produção. Por isso, os nossos conhecimentos são relativos em cada etapa e têm caráter de verdade relativa, mas objetiva e não subjetiva como pensam os relativistas.

Se as verdades que conhecemos são relativas, será então possível conhecer a verdade absoluta, total, perfeita de tudo? Podemos sim, mas a verdade absoluta não pode ser conhecida de modo imediato, direto, de um só golpe e por completo. Ela só pode ser  alcançada, paulatinamente, no processo infinito do conhecimento. A humanidade se aproxima cada vez mais da verdade absoluta. Ao conhecer as verdade relativas, conhecemos também parte da verdade absoluta. Veja-se a teoria do átomo. Embora ela corresponda à realidade, não é completa. Não podemos dizer que esgotamos o assunto. Há muito ainda por conhecer sobre a natureza e a quantidade das partículas elementares que formam o átomo,sobre   as causas que originaram sua mutabilidade, a “bola de fogo” de César Lates...A atual teoria do átomo é uma verdade relativa, mas, ao mesmo tempo, ela contém graus de verdade absoluta em crescimento. Assim, a verdade relativa que conhecemos contém partículas da verdade absoluta, é um momento da verdade absoluta. O Pensamento Humano é, por natureza, capaz de conhecer a verdade absoluta que resulta da soma global das verdades relativas. Cada fase do desenvolvimento  da ciência adiciona novas partículas a essa soma global de verdades relativas. A verdade absoluta está para a verdade relativa como o todo está para as partes. O todo não é uma soma aritmética de suas partes, mas “algo” mais, pois é uma qualidade. A gestáltica nos diz que o todo é algo diferente da soma mecânica das suas partes. Também, não podemos nos somar com quem julgue existir ação, pois toda ação é mera consecução de limiares potencializados em momento imediatamente passado, ou futuro previsto. Pode-se delimitar um momento consecutivo reativo e o designarmos como ação. Todavia, este sempre apresentará em sua essência desencadeadora, um limiar tensional adquirido em tempo anterior ao que delimitamos e aceitamos como ação. Todo e qualquer evento, por mais próximo do que possamos designar como ação, encontra-se em uma ordem de sucessão reativa que sucede sucessivamente sem nunca cessar. É comodo admitirmos a ação, sem ela, teríamos que, antes de julgarmos infratores, entender o contexto sócio reativo em que se encontra. Assim, analisarmos o contexto histórico, enfim, teríamos de reformular leis,  distribuir melhor a renda e cortar muitos privilégios, ou, melhor certamente, estender a todos tais conquistas de minorias.

Por que o homem não pode esgotar realmente o conhecimento do universo até o fim? Porque o universo é infinito, ele ininterruptamente muda, se transforma, muda de aspecto e se transforma em outro. Por outro lado, junto com o universo, também se desenvolve a nossa capacidade cognitiva, os nossos órgãos sensoriais e as nossas faculdades intelectuais se aperfeiçoam. Significa que ela, capacidade cognitiva,  ainda não é perfeita. É por isso que não há fundamento em afirmar  que nossos conhecimentos são definitivos e absolutos, como também puramente relativos. Vivemos, isto sim, uma evolução cosmobiopsicocinesiológica. O que é o mesmo que dizer que o homem e universo encontram-se em pleno processo contínuo e infinito de rearranjos. Observemos, em todos os tempos as centenas de teorias sobre a natureza da Luz corpuscular, ondulatória, eletromagnética, quântica, mecânica ondulatória. Cada uma aproxima-se mais do que a outra do que nós, na atualidade, temos como base de sustentação as nossas buscas e pesquisas cientificamente embasadas em pressupostos do conjunto de buscas anteriores, como temos dito, nada surge sem elos anteriores. Logo, nossas teorias, encontram em todas que as antecedem, fundamentação e princípio. Obviamente que concorremos com Newtom Hyghens, Faraday, Pank Louis de Brooglie, sem contudo, relativizar suas teorias, ao contrário, somatizar. Formarmos os elos a partir daquilo que, até então, estes cientistas conseguiram observar, experimentar e validar. Jamais, em tempo algum, conseguiria-se falar em “cosmobiopsicosóciocinesiologia” sem que antes, cada um dos conceitos dessa teoria fossem massificados, chegando até nós. Assim, tanto estamos diante ao novo, como o novo se nos exige a formação de elos. Somos ao mesmo tempo o fruto da evolução sistêmica das ciências, como a própria árvore. Contudo, dependente de uma muda ou semente anteriormente disposta. Sem que tivéssemos uma conceituação de universo, cosmologia, biologia, psicologia, sociologia e o estudo do movimento cinesiológico, seja humano ou pelo deslocamento e transmutação das partículas e energias que compõe essa cadeia, desde o infinito  macrocosmos ao diminuto e também infinito microcosmos, jamais chegaríamos a conclusão seguintes.

Até que formulássemos a teoria do pensamento como transcodificação cósmica, entendíamos, além dos conhecimentos sensível e racional, já estudados fartamente pelas ciências, o de espécie chamado intuitivo, de Bérgson, ou ainda no fenomenologismo de Husserl, e ainda, no existencialismo de Heidegger. Tivemos certamente as correntes anti-intuicionistas, porém, sem objetivarem decodificar a origem do pensamento, mas voltadas para a organização social, como o marxismo, o pragmatismo e o neopositivismo, embora, não neguem a intuição como espécie natural de conhecimento, o que os exclui da genuína corrente contemporânea do pensamento como energia cósmica transcodificada.

Apesar de haver vasta literatura filosófica a respeito da intuição, infelizmente não existe uma concepção uniforme sobre a mesma. A idéia ou noção de intuição é uma das mais confusas de todas as noções filosóficas. Bérgson dedicou toda sua vida ao estudo da intuição e escreveu vários trabalhos sobre o assunto. Existem dezenas de noções diferentes e nenhuma  delas suficientemente clara e evidente, apesar de que segundo o próprio Bérgson, a clareza e a evidência sejam as qualidades intrínsecas da própria intuição.

Jusserl e Heidegger, já pressupõe clara e evidente a noção de intuição e por isso nem sequer tentem defini-la.

Uma das razões principais da confusão que existe a respeito da intuição é que cada filósofo a entende a seu modo. As vezes, um mesmo filósofo, como Bérgson, por exemplo, a entende de maneiras diferentes, o que aumenta ainda mais a confusão. Preferimos, contudo, tirara a intuição do obscurantismo metafísico e defini-la como um sexto-sentido, passível de identificação, diagnóstico e aproveitamento em infinitos males humanos, criados em acúmulos tensionais erroneamente assimilados, a partir de ofertas condicionais dos inúmeros meios a que somos vítimas durante ao processo evolutivo. Todos os demais sentidos, já amplamente identificados, são passíveis de intervenções médicas, a intuição, é tratada como material inconsciente latente pela psicanálise, único meio até o momento, para aprofundarmos incursões ao interior humano. Contudo, a literoterapia, pode maximizar potenciais, equilibrar limiares e o que a difere de quaisquer outros segmentos médicos, potencializar ações a serem deflagrados em tempos futuros, tanto de nossos pacientes, como de gerações futuras. A literoterapia, garante, o aproveitamento sistemático amplo, total e irrestrito, a partir da paradigmaximização sistematizada à operacionalização de ideais, as vezes, em linha de consecução muito além de nossa épocas.

Jacob Bazarian, pela primeira vez na história da filosofia, fez análise Científica e gnosiológica do que seja a intuição: tentou revelar sua  essência, descobrir seu mecanismo interno e seus traços característicos, mostrar o papel que desempenha no processo do conhecimento da verdade. Bem como determinar seu valor cognoscitivo, Isto é, o seu valor do ponto de vista  da verdade. Concluiu Jacob, que intuição não é um órgão sensorial, como audição, visão, olfato...como afirmam muitos filósofos...A intuição, segundo Jacob, não é afeto nem sentimento, como amor, simpatia....a intuição não é tampouco um dom irracional, supra-racional, sobrenatural, que seria privilégio de alguns “eleitos” por um ser superior, tal como afirmam certas doutrinas espiritualistas, místicas, esotéricas. Freud, contudo, deixou-nos a maior herança ao conjunto sistêmico ao aproveitamento físico da intuição. Devido a difusão ampla das obras freudianas, detemo-nos em Jacob, menos divulgado, em pontos não aprofundados por outros pesquisadores.

A intuição, segundo Jacob, é uma espécie, uma forma, um modo de conhecimento que completa as demais espécies e modos de conhecimento (sensível e racional). A intuição é uma função especial de nossa mente. A capacidade intuitiva é um fenômeno psíquico natural que todos os homens têm, em maior ou menor grau, conforme certas condições.

Da premissa supra, lançamos as bases ao desenvolvimento da investigação literoterapêutica. No momento em que, a exemplo da psicanálise, permitimos o acesso natural receptivo, de precipitação dos “impulsos intuicionais” humanos, com a variante de literografarmos estes elementos, divergindo da psicanálise pela verbalização intrínseca da teoria psicanalítica, estaremos diante a um novo método clínico de diagnose, cura, projeção, redirecionamento e dimensionamento de limites internos. Muitos seres, a partir do aproveitamento máximo de vazão da  literografia “intuitiva” acreditam receberem mensagens de espíritos e de dimensões e estágios em desdobramentos da vida após a morte.  Estão, estes seres, a transcodificarem literoterapicamente e transliterariamente, energias eletroquímicas, contidas e codificadas quimicamente em vegetais, bases de suas alimentações. O aprofundamento, neste tema, deve ser dirigido a “cosmobiopsicosociocinesiologia” – ciência emergente das complexidades modernas.

Agora vejamos o conceito etimológico da intuição: vem do latim “in tueri”, o que significa, ver em, contemplar; “intuitus”, o que é igual a “visão, contemplação”.  Intuito, do ponto de vista da moderna literatura clínica, ou literoterapia, significa anamnése ao diagnóstico humano, individual, familiar ou social. O que até então tínhamos como simples  ato de ver, contemplar, dá lugar a uma análise mais comprometida da situação.  Assim, etimologicamente falando, a intuição é um conhecimento direto, uma espécie de visão imediata dos objetos e de suas relações com outros objetos, sem uso do raciocínio discursivo – é nesse sentido que se diz que uma intuição é uma percepção, visão ou contemplação. Logo, deixamos a metafísica e passamos à uma visão útil de diagnóstico e cura através da resultante clinicamente precipitada da intuição/ utilizando-nos de sua máxima demonstrada no conjunto literário.

Vejamos as formas de intuição: - segundo a literatura filosófica contemporânea;
- é tratada como existindo diversos tipos de intuição, tais como: intuição empírica, sensível, psicológica, racional, intelectual, sobrenatural, metafísica, mística, divina, eidética, essencial, existencial, volitiva, emocional, supra-racional, entre outras tantas...Contudo, Jacob agrupou-as em três formas fundamentais, sendo:
Intuição sensível ou empírica; Intuição metafísica ou mística; Intuição intelectual.

Todas, passíveis de delimitação ao aproveitamento humano em condições literoterapêuticas.
A intuição sensível ou empírica é o conhecimento direto, a sensação, a percepção ou visão do conjunto das propriedades sensíveis dos objetos que se faz por intermédio dos sentidos. Exemplo: A percepção que tenho da laranja, de sua cor, de sua forma...visto que essa forma de intuição coincide em tudo com a noção de sensação e percepção sensível, não devemos jamais usar intuição nesse sentido. Nesse caso, devemos substituí-la pela palavra percepção(sensível) ou visão ( sensível).

A  intuição metafísica ou mística seria o conhecimento direto e infalível da verdade absoluta, sem o auxílio dos conhecimentos sensíveis e racionais, desmitificação, pelo qual o espírito atingiria os seres em si mesmos, a existência e a essência dos objetos da realidade exterior e interior ( matéria, espírito), do absoluto ou dos seres transcendentais, desmistificação.. Por exemplo: a intuição, a visão, ou contemplação da alma, da santidade, de Deus, do Diabo...Nesse caso devemos substituí-la pela palavra contemplação mística.

A intuição intelectual é o conhecimento direto, imediato, de conjunto das propriedades sensíveis essenciais dos objetos e de suas relações com outros objetos ou fenômenos, sem uso do raciocínio discursivo. Exemplo: o todo é maior que qualquer uma de suas partes – máxima da indução dedutiva.

Eliminando a intuição sensível por ser sinônimo de percepção, e intuição metafísica por transcender o objeto científico, resta-nos tão somente ( segundo Jacob) a intuição intelectual, o que ele a sub-divide em dois distintos grupos:
- intuição de evidência ou racional
- intuição heurística ou divinatória.


Aproximamo-nos, cada vez mais, do ser total, daquele ser que adormece em profundidades não tocadas por outras especialidades médicas, de onde evidencia-se novos limites à clínica de diagnósticos e cura, sob as bases sólidas da literoterapia.  O ser, sob análise e tratamento literoterápico, desnuda-se, do ponto de vista revelador de sua personalidade. Potencialidades latentes, inerentes a todos os seres, prontas a aflorarem, desde que estimuladas, se revelam, insurgindo o verdadeiro ser, com sua essência imortal, comprometida e “divinamente”  elaborada.

A intuição de evidência ou racional, é o conhecimento direto que nos faz captar, sem dúvida nenhuma, a clareza de uma idéia ou a verdade de um fato ou de uma ação entre os objetos do conhecimento. A partir de elementos mínimos, a continuarem nas linhas de consecução em que se encontram, podemos ter a clara evidência do momento futuro. Uns mais, outros menos, antevêem o futuro, a partir de elementos mínimos, em linha direta de consecução.  Aqui, encontramos elementos externos (axiológicos) com valores correspondentes já codificados internamente (catéxicos) – em níveis superficiais de consciência, o que se nos faz acreditar em maior obviatoriedade da seqüência, tornando o futuro, mais facilmente decodificável.

A  intuição heurística ou divinatória é o conhecimento direto que nos faz pressentir a verdade, adivinhar a solução de um problema ou descobrir algo novo. a intuição heurística pode ser também chamada de antecipadora, prospectiva, adivinhadora, inventiva, criativa, criadora, produtiva. Esta intuição, conseguida a partir de elementos a serem pinçados em níveis mais profundos de consciência, e em intervalos maiores de tempo ao de nossa tentativa de formação de novos elos, faz com que não identifiquemos em nível consciente, a origem dos eventos que se nos evidenciam e tornam possível a leitura do momento imediatamente seguinte. Isto, por assim se manifestar, cria uma falsa impressão de insigth sem elos alguns, como se fosse uma visão criativa “pré-monitora” ou mesmo metafísica de manifestação.

Podemos observar, é que exatamente aquela possibilidade que mais se aproxima, em nosso ver, de uma possibilidade concreta, e que pode inclusive nos oferecer bases à investigação científica, foi eliminada por Jacob, sendo, a “intuição metafísica ou mística”. Nada tem de metafísico ou místico na conceituação dessa forma de intuição. Vemos aí, exatamente as bases comprováveis de elos tremendamente concretos, ainda que profundas sejam as investigações à sistematização dos fenômenos que compõe tal assertiva...se substituirmos alguns termos, como espíritos por energia, essa teoria pode ser validada, ou simplesmente entendida. Temos que admitir que a evolução científica tem antevisões e os termos empregados em uma época, para serem compreendidos em outros tempos, necessitam de reformulações à perfeita assimilação dedutiva...Certamente, não podemos refutar a intuição intelectual, por ser, o elo à difusão da intuição até aqui chamada metafísica, o que, para nós melhor resume as possibilidades de precipitação do conhecimento até a intelectualidade.

Toda a premissa supra, se faz acompanhar dos conceitos e teses, defendidas em nossos livros anteriores. Querer entender a este, sem aqueles, é como admitir a intuição intelectual sem que antes admitamos a precipitação dessa “luz” sem antes passar pelos estágios precipitatórios, cosmoquimioeletrotranscodificadores, o que também é necessário pressupostos e embasamentos de pesquisas à compreensão. A máxima da energia que fora cósmica, após reação prótons x elétrons do hidrogênio “energia nuclear”, é codificado quimicamente nos vegetais via espectro de raios gama, de onde, ganha o status eletroquímico na fisiologia humana, resultando em energia cósmica transcodificada – pensamento.  A resultante final da cadeia cosmobiopsicosociocinesiológica, são rearranjos sócio-evolutivos, propiciados, pela transliteração e difusão linear das transcodificações, em níveis máximos de excelência integrativa homem/natureza – natureza/universo. Assim, participamos ativamente da vida, desde o infinito microcosmo, ao também infinito macrocosmo. A literatura, neste contexto, sistemicamente aproveitada, evolui, de um conjunto meramente de comunicação social, para  elo integrativo expansional de consecução cosmorreativa, capaz de funcionalmente, paradigmaximizar diretrizes e ações, contextualizando os seres, em uma perspectiva globalizadora de sincronicidade cósmica universal. No início do terceiro milênio d.c. ou sétimo milênio desde o domínio de convenções da escrita, comprovamos funções literoterapeuticas na arte da literatura, delimitando um conjunto ordenado e meios à canalizar potenciais clínicos na literatura, de onde surgem, as bases à literatura clínica. Platão, convertera seus valores catéxicos, internos, uma vez confrontados, em literatura. Todavia, poderiam haver resultado em agressividade, já que convivera longos anos de sua vida, meio a tragédias propiciadas por um clima de guerras em Atenas. Tanto o é, que seus primeiros trabalhos, após incursos poéticos, refletem seu interior ao escrever “tragédias”, motivado pela força natural terapêutica de resolução de problemas conflitivos internos, resultantes de choques entre a natureza emocional e a natureza racional humana. Sua escrita, reflete o aproveitamento máximo dos ensinamentos de Péricles e mais tarde de Sócrates, ao confrontarem-se com a realidade trágica da guerra. Antes de um ser moralmente deformado e agressivo, resulta um pensador, preocupado em redimensionar e redirecionar os verdadeiros valores pelos quais a Humanidade deve alimentar-se na arte da vida. Um combate contra a agressividade, lento, todavia, duradouro, eterno. Assim, escritores, tanto nas ciências, metafísica e literatura, vêm absorvendo e purificando os caminhos e destinos da própria Humanidade. Necessário, contudo, se pudermos de forma clara e objetiva, identificarmos a função clínica literária a que exercem seus autores. Somando-se parâmetros de diagnóstico, anamnese e cura, a partir da delimitação de abrangência dessa antiguíssima porém somente agora identificada profissão congruente à medicina, com pressupostos e embasamento teórico constitucional legal, previsto na legislação brasileira de profissões, com parâmetro na classificação brasileira de ocupações, estabelecida pelo Ministério do Trabalho, sob o número 0.79.90, onde, sob o título “outros médicos” admite o diagnóstico, tratamento e cura, por outros métodos, que não a utilização de medicamentos. Assim, admitimos, os novos médicos clínicos literários, sob um paradigma inicial de pesquisas, ao evoluir desse novo ramo das ciências da saúde,  claramente identificado, em vias de aperfeiçoamento e evolução.  O que até aqui era intuição, passa a compor um banco de novas possibilidades à delimitação de males reversíveis através da literatura clínica.

A Academia de Letras do Brasil, em 2002, estará colocando à disposição da população brasileira, o primeiro curso superior e pós-graduações em “literoterapia” – as vagas serão limitadas. Nosso E-mail: acadmialetrasbr@globo.com.br .

Literatura Clínica
PLATÃO: segundo Diógenes Laércio, nasceu em Atenas, no ano em que morria Péricles. Este último, morreu vítima de uma grande peste que invadiu Atenas. Isto, imediatamente após ao início da Guerra que ficou historicamente conhecida como  “Peloponeso”, perdurando por vinte e oito longos anos.  Diógenes fora o professor que ensinara Platão a ler e escrever. Devido a influencia de Diógenes, Platão iniciou-se na literatura com pequenos ensaios em poemas, depois poesias, revelando-se escritor com ensaios para o teatro, tragédias, foram suas primeiras incursões e dramaturgias. Posteriormente, com sua participação, muitas ganharam expressão corporal e representativa no teatro. Seus ensaios de escrita com enfoque em tragédias, na atualidade, a partir de princípios de análise psicanalítica sociológica histórica, atribuímos ao fato de haver Platão, desde a sua infância até próximo aos trinta nos, ter sido criado meio a insustentável tragédia em Atenas, perpetrada pela Guerra supra citada. Seus valores catéxicos internos, tiveram codificação axiológica ( externa ) fortemente influenciada pela Guerra. Esta convivência só não foi incorporada devido ao que chamamos atualmente de Literatura Clínica. Platão sem ao menos saber os efeitos terapêuticos clínicos quando transferia literariamente revertendo os limiares tensionais, transformando o que era instinto agressivo, depositado pela realidade de sua época, em seu interior, em representações literoterapêutica, ainda que ele próprio tão somente seguisse a forte e impositiva “vocação” literária. Na realidade, trabalhava inconscientemente na reversão “axiocatéxica” de valores fortemente impressos no âmago neurocodificador que depositara-se em limiares não superiores ao paradigma cultural transcodificador ofertado por, primeiramente Diógenes e mais tarde por Sócrates, que também foi seguido por Xenofonte “em linhas iniciais de estudos e pesquisas. Teve ainda influência direta e mesmo geneticamente ativa sobre Platão, sua descendência. por parte de pai – nobre(Reis). Por parte de mãe, descendente de Sólon, “o grande promotor da reforma em Atenas”. Platão, ao contrário de Sócrates que fora muito pobre, não conheceu em seus anos iniciais, até a vida adulta, nenhuma dificuldade econômica. Seguro, com um ego fortalecido pelo paradigma familiar. Sólon, reformador de Atenas teve um irmão o qual, um dos bisnetos de seu neto fora Platão. Crítias, tido como o maior tirano dominador de Atenas após dominada pela Guerra de Peloponeso. Este tirano, Crítias, era irmão do avô de Platão. Muito grande foi o trabalho psico-reversor literoterápico ocorrido no interior de Platão, conseguindo minimizar as influências negativas a partir da paradigmaximização literária transferencial deixada por àqueles que o influenciaram positivamente, sob os princípios literários, identificados em nossas pesquisas atuais, como capazes de inverterem tendências internas psicosugestivamente implantados do âmago do ser devido ao meio de sua criação. A Literatura Clínica, antecede a Platão, sendo talvez remontada a partir de pontos obscuros e não identificados das primeiras convenções em conversões da expressão humana em sinais. Hoje, a Literatura Clínica, sustenta os acúmulos emocionais de milhões de pessoas em todo o mundo. Todavia, ainda não havíamos sistematizado a síntese pró anamnese e diagnóstico Literoclínico, com tratamento e cura através desta ciência. Psicanalistas e clínicos em geral, sem se aperceberem, utilizam-se da Literoclínica, quando analisam e transferem incursivamente suas observações anamnéticas em Literatura Clínica. Os Médicos Especialistas em Psicanalise Clínica, é comum, pela Literatura Clínica, conseguem estabilidade pessoal em bons níveis de transferência dos acúmulos tensionais, a partir de limiares recebidos de seus pacientes. Ainda que até o presente, não tínhamos tal concepção de efeitos clínicos através da escrita. Advogados, também sem o conhecimento dos efeitos Literários Clínicos, promovem em si, auto-terapias,  quando de seus impulsos psicoreativosliterários, frente a fortes acúmulos de tensões neles depositados por seus clientes. Os jornalistas, conseguem intermediar, através da canalização de problemas individuais coletivos, com a devida redistribuição à assimilação social, focos tensionais capazes de imprimirem distúrbios psicanaliticamente ativos, na ausência desse trabalho, inconscientemente Literoclínico. Todos os professores, em todas as áreas, transformam  impulsos naturais libino-sexuais de seus alunos, o que poderia resultar em demanda agressiva, em matéria criativa de expansão da  perspectiva individual evolutiva do ser, com efeitos sociais de equilíbrio. Todavia, diante a agressividade média coletiva, dentro e fora da sala da escola, necessitamos atentar, de forma objetiva, para a possibilidade de maximizarmos os resultados observacionais científicos quanto a eficaz intervenção da Literatura Clínica. Resultando, em redução da agressividade, devido a tradução decodificadora dos acúmulos tensionais, em material literariamente canalizador e transformador das impressões axiologicamente(externas) codificadas em valores catéxicos(internos). Não podemos mais, deixar de considerar quaisquer possibilidades à somar em busca do equilíbrio social em limites humanos de convívio. Isto, de forma científica, sob resultados sistemicamente observáveis. Sem, contudo, tolher a natural força impulsiva reativa humana. Assim, a Literatura Clínica, deve encontrar-se um passo à frente, quando da falta dos elos na evolução psicomaturacional do ser. A reação, sob quaisquer possibilidades de origens, sem a devida canalização, pode resultar em material agressivo. Isto, por instintivamente, obedecermos a impulsos animais, de onde, diante a falta do elemento seguinte, refrearmos nossas ações ou travarmos uma batalha em busca dos resultados, os quais, primordialmente, objetivamos quando gerou-se  os impulsos capazes de transporem a barreira de retorno, permitindo-nos o desencadear de uma  ação consciente. Mais uma vez, comprovamos as benesses da Literatura Clínica. O ser, diante ao “vazio” quando da falta dos elos a que nos referimos, lançará mãos, acompanhado por um clínico, com formação e especialização em Literatura Clínica, gerando os instrumentos e meios à paradigmaximização “limites máximos de aproveitamento total” de experiências anteriormente acumuladas.

Sempre as ciências se encontrará em franco processo de ampliação de possibilidades. Os seres, avançam ilimitadamente em busca de um aproveitamento total de suas experiências. Alguns, andam em passos mais largos e rápidos. Todavia, àquele que aparentemente ficou para trás, tão somente herda todo o conjunto de experiências por àqueles acumuladas. Assim, todos avançam, independentemente de quem chegue primeiro. Certamente, andar na frente tem um preço e peso. Contudo, se deixar levar, tem sabor de coragem e  confiança nos precursores, em todos os ramos existenciais. Mais cedo ou mais tarde, fatalmente, todos experimentarão a ponta naquelas áreas as quais foram meios, ainda que por extensões genéticas não contemporâneas.  

“Quando os chineses já comiam em pratos de porcelana, os gregos ainda viviam em cavernas”
Robles Máximo – Cientista e Escritor Venezuelano

Nascemos em épocas as quais estão inseridas padrões conceituais e tecnológicos, definindo o comportamento médio social.

Desde a Era das Cavernas até a Era das Estrelas, os seres são enquadrados em padrões impostos pelo sistema dominante dessas mesmas épocas. Assim como, eu por exemplo, nasci em 1958, encontrando-me em 2001 com 42 anos, utilizando-me dos recursos da informática, internet, e meu pai, em sua época, haver usado como mais alta tecnologia o telégrafo, em algum momento, “como escritor espero este privilégio” de ser lido por pesquisadores dos anos...suponhamos! 2 mil e, digamos...duzentos, que, em suas épocas, estarão utilizando-se de tecnologias inimagináveis em minha contemporaneidade. Nesse momento futuro, seguramente, os pesquisadores sofrerão as influências deste mesmo conjunto tecnológico vigente em suas épocas. Bem como, herdarão de nossa época, àquelas impressões que nós, fortemente consigamos projetar para este futuro distante. Cientificamente, as impressões que ganham imortalidade, estão diretamente ligadas aos ideais humanos, harmônicos e humildes, de boa vontade e dedicação, em buscas de melhores e mais prósperos dias de convivência entre todos os povos e Nações. Sem o risco de influências pessoais, de um único homem, capaz de promover a destruição, guerras e manter toda a população de  um planeta, tensa, na eminência de possibilidades da deflagração da guerra atômica. O que, esperamos, sejam eles, os estimuladores desse processo, retirados de seus postos, e dispositivos criados à proteger a humanidade.

Toda a História Humana é marcada por psicosugestões fortemente arraigadas no ser, de onde, desdobramentos são observados, influenciando, a partir de um ser, sadio ou com distúrbios, os destinos da própria vida sobre a Terra. Isto ocorre, tanto para a Paz quanto para a Guerra.  Recentemente, em 1999, o Presidente Clinton dos Estados Unidos, por impulsos a partir de distúrbios transferenciais psicanaliticamente ativos, enquanto sofria forte pressão interna em seu país, devido ao “caso Mônica L.” com possibilidade de impedimento e sua deposição das funções Presidenciais, transformou  auto-imagem de valores morais abalados em valores agressivos  axiologicamente libertos. Observamos, naquele momento, que paralelamente aos picos de pressão individual, graficamente, os picos de exteriorização em bombardeios ao golfo recebiam  a descarga individual do Presidente Clinton. Um homem sob tensão, não pode se manter a frente do comando de uma Nação. Principalmente quando esta Nação, detém o domínio atômico. Recentemente, em 2001, imediatamente a posse do seu sucessor, Buch, já pudemos analisar os efeitos transferenciais herdados de seu pai, ex-Presidente americano, acumulados quando o seu pai não conseguira deter o avanço dos domínios petrolíferos de Sadan. É perigoso deixarmos, ou colocarmo-nos totalmente nas mãos de homens individualmente. Do ponto de vista científico; psicanalítico e literoclínico, deveríamos submeter todo o pretendente a cargos públicos, a exames analíticos, tanto da psicanálise quanto da literoclínica. Isto, porque as duas ciências se completam, uma encontrando na outra o pressuposto à sua totalidade. Julgamos, como necessário, durante os mandatos públicos, a psicanálise, também a literatura clínica, capaz de diagnosticar as tendências obscuras, passíveis de identificação pela emergente ciência clínica literária, que, ao lado da cinesiologia, compõem as complexidades modernas. Toda agressão, tem fundo em distúrbios mentais ativos, não trabalhados, carentes de intervenção, tanto pela psicanálise clínica, quanto pela medicina clínico literária. Sendo este, um dos objetivos de formação e pós-graduação da Academia de Letras do Brasil.