José Milton Gonçalves

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Livro:
Tira-Teimas de Português, 2000, Rio de Janeiro/RJ - Editora Gryphus.

"RORAIMA (Pronúncia)

    O incêndio supostamente criminoso, nas matas da região norte do Brasil, deixou no ar muita poluição e uma incerteza cruel (provocada por algumas pessoas menos lidas) quanto à pronúncia de Roraima.
    As vogais que precedem consoantes nasaladas,  se tônicas, são obrigatoriamente fechadas: paina, andaime, plaina, etc. Daí ser improcedente a pronúncia Roráima.
    A única exceção fica por conta do ditongo au, que tem a pronúncia aberta antes de fonema nasal, como em sauna, trauma, fauna, etc.
    Esta regra também se aplica às formas verbais compramos, andamos, bebemos, estivemos, sofremos...
    OBSERVAÇÃO:
Eis outras palavras que normalmente suscitam dúvidas de pronúncia: cateter (catetér), cóccix (cóksis), companhia (compãnhía), crosta (crôsta), destro (dêstro), rastelo (rastêlo), grelha (grélha), quatorze ou catorze (embora existam duas grafias, a pronúncia, contudo, deve ser só uma: catôrzi).


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CUSTA-ME A CRER ou CUSTA-ME CRER?

É correto e indiferente o uso de ambas as formas. O verbo custar (seguido de outro no infinitivo) admite facultativamente o uso da preposição a:

   'Custa-me dizer isto.' (M. de Assis, D. Casmurro, p.243.)"

*José Milton Gonçalves, Membro da Academia de Letras do Brasil, ultrapassa os limites da dúvida e incerteza à unificação da língua nacional brasileira. Um dos componentes, e talvez o de maior expressão à soberania de um país, por não utilizar-se da força, é a padronização da linguagem, nesse contexto, a ALB, através de seus Membros, em especial, de José Milton Gonçalves, cumpre também,  e tão bem, esta finalidade. Infindas são as  tentativas de internacionalização da Amazônia.  Sabedores da importância do papel da língua na defesa nacional, mantemos, estrategicamente, a sede da Academia de Letras do Brasil  em Roraima, extremo norte, além do Equador. Milton Gonçalves, ocupa, juntamente com alguns outros poucos escritores professores, papel de relevância em comprometimento à manutenção dos limítrofes lingüísticos, o que corresponde as nossas atuais fronteiras.